Novidades

- O blog conta agora com uma nova aparência...espero que gostem!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

NOVO BLOG 11ºB

Olá,
informo que o blog do ano passado tem continuidade em novo endereço:  http://bgeseg11b.blogspot.com/

terça-feira, 15 de junho de 2010

MATRÍCULAS ESCOLARES

Olá, era para avisar que, no dia das matrículas devem levar fotocópia do BI/Cartão de Cidadão e o Boletim de vacinas (com as vacinas em dia). Devem ainda levar dinheiro para pagar o seguro escolar  e as propinas.

Hormonas vegetais

Apesar de não terem  capacidade de locomoção, as plantas, tal como os animais, também produzem movimentos de diversos tipos, embora estes não sejam, normalmente, tão rápidos ou tão evidentes como os dos animais. Os movimentos das plantas ocorrem em diversos órgãos, como os caules, as raízes, as folhas ou flores, e incluem, entre outros, alongamentos, curvaturas, abertura e fecho de flores e folhas. Os movimentos das  plantas, bem como o desenvolvimento dos seus órgãos, são afectados por inúmeros estímulos do meio exterior, como a temperatura, a gravidade, o fotoperíodo ou o o contacto. Sabiam , por exemplo, que o “O girassol é uma planta cuja flor acompanha o nascer e o pôr do sol.”?  O movimento da flor do girassol deve-se a um TROPISMO, isto é, deve-se a um movimento que é executado através de acção hormonal e orientado em relação a um estímulo externo (a luz solar, neste caso - fototropismo).  Os tropismos são movimentos das plantas que envolvem crescimento na direcção de um estímulo ambiental (tropismo positivo) ou na direcção oposta a este (tropismo negativo). Para além dos tropismos, existem outros tipos de movimentos nas plantas que não envolvem crescimento direccionado relativamente ao estímulo - NASTIAS ou MOVIMENTOS NÁSTICOS. Por exemplo,  o facto de algumas plantas abrirem as folhas durante o dia e dobrarem-nas à noite é uma  fotonastia.
O crescimento e o desenvolvimento de uma planta são condicionados por factores externos como a luz, a temperatura ou a gravidade, que, interagindo com factores internos, tais como hormonas vegetais, determinam as respostas associadas a esse crescimento e desenvolvimento. As hormonas vegetais são substâncias químicas produzidas em determinadas zonas da planta e transportadas para outros locais, onde vão  desencadear respostas fisiológicas. Até agora foram identificados os seguintes tipos de hormonas vegetais: as auxinas, as giberelinas, as citoquininas, o etileno e o ácido abscísico.
Cada hormona vegetal desencadeia uma variedade de respostas na planta que dependem do tipo de célula onde actua, do estado fisiológico da planta, da presença de outras hormonas e da interacção com factores externos. A tabela seguinte sintetiza as principais acções de cada um dos tipos de hormonas.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Testa os teus conhecimentos

"A interacção dos sistemas nervoso e hormonal assegura respostas adequadas às solicitações internas e externas que em cada momento acompanham a vida"
1. A figura seguinte pretende esquematizar dois neurónios.
1.1. A sinapse está representada em:
a)I
b)II
c)III
d)IV
e)V

Assinale a opção correcta.

1.2. Indica qual a seta (A ou B) se refere ao sentido do impulso nervoso.

2. Leia atentamente o documento seguinte sobre a coordenação da temperatura do organismo humano.

'Em casos de mudanças muito bruscas da temperatura do corpo, devido a modificações da temperatura exterior, ocorre um processo de regulação assegurado não só pelo sistema nervoso mas também pelo sistema hormonal.

Quando, por exemplo, um individuo cai em água muito fria, a pele fica pálida e surge um tiritar constante'

2.1. Com base no documento anterior, descreva o circuito de termorregulação fazendo referência ao estimulo, ao centro integrador, à respostas e à retroacção negativa.

2.2 Em relação ao exemplo anterior, explique porque se fica com a pele pálida e surge um tiritar constante.

3. A hormona antidiurética regula o teor de água do corpo. Assim, quando a falta de água do corpo for excessiva, espera-se encontrar no sangue:
A) pouca ADH, o que reduz a absorção de água;
B) pouca ADH, o que aumenta a absorção de água;
C) muita ADH, o que reduz a absorção de água;
D) muita ADH, o que aumenta a absorção de água.

4. Quando se bebe muita cerveja, observa-se que há um aumento do volume de urina. A provável causa desse facto é:
A) a inibição da produção de ADH (hormona antidiurética);
B) o aumento da concentração da urina na bexiga;
C) a diminuição de produção de adrenalina;
D ) o aumento da pressão osmótica do plasma sanguíneo.

5. Uma pessoa excreta mais urina quando come mais:
- Amido
- Proteínas
- Glicose
- Gordura

6. Transcreva a letra da opção que contém os termos que completam a frase:
"A regulação da pressão osmótica do meio interno é controlada pelo ________, que elabora a hormona _______, que vai actuar ao nível dos tubos ________ .

A) hipotálamo [...] ADH [...] uriniferos;
B) hipófise [...] LH [...] uriniferos;
C) hipófise [...] ADH [...] uriniferos;
D) hipotálamo [...] LH [...] uriniferos.

7. Assinale as frases verdadeiras:

A) Em qualquer sistema excretor, a eliminação dos resíduos e a regulação da pressão osmótica são assegurados por três processos fundamentais: filtração, reabsorção e secreção.
B) Os nervos sensitivos são condutores de mensagens desde os receptores superficiais até aos centros nervosos.
C) Os mecanismos desencadeados no sentido de superar mudanças no equilibrio dinâmico do meio interno são processos de retroacção negativa.
D) Os animais, que como o macaco, mantêm a temperatura sensivelmente constante são designados por animais homeotérmicos.
E) A regulação da pressão osmótica do meio interno é controlada pela hipófise, que elabora a hormona ADH, que vai actuar ao nível dos tubos uríniferos.
F) Existem animais que, face à oscilação da pressão osmótica do meio interno têm a capacidade de controlar essa pressão, designando-se por animais osmorreguladores.

8. A figura seguinte representa um determinado tipo de peixe, pondo em evidência o processo de osmorregulação.



8.1. Refira se o peixe vive em água doce ou água salgada. Fundamente a sua resposta, apresentando duas razões.


8.2. A urina deste animal deverá ser:
- Abundante, hipotónica;
- Reduzida, hipertónica;
- Abundante, hipertónica;
- Reduzida, hipotónica.
Assinale a opção correcta.

Leia atentamente o documento seguinte sobre estruturas excretoras de mamíferos adaptados a diferentes habitats.

'Nos mamíferos a urina é hipertónica em relação ao meio interno. No entanto, a respectiva concentração normal não é sempre idêntica. Dois exemplos de mamíferos permitem apoiar esta afirmação: o castor, que passa grande parte do seu tempo em rios e ribeiros nas regiões frias, e o rato-canguru, que vive em zonas desérticas'.


9.1. No que respeita aos mamíferos referidos no documento, distinga-os relativamente às características da urina e tamanho dos nefrónios.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Termorregulação

Termorregulação

No que diz respeito à temperatura corporal podem distinguir-se dois grandes grupos de indivíduos: os seres exotérmicos ou ectotérmicos e os seres endotérmicos ou homeotérmicos.

Seres exotérmicos – não têm mecanismos internos que lhes permitam regular a temperatura, apresentando temperatura variável em função da temperatura do ambiente. Estes seres  possuem comportamentos e algumas características que permitem dosear a quantidade de calor de que necessitam utilizando a energia do Sol.

Seres endotérmicos – as aves e os mamíferos, são seres cuja temperatura interna se mantém sensivelmente constante apesar das oscilações de temperatura do ambiente exterior. Estes seres apresentem mecanismos internos que lhes permitem manter a temperatura dentro de limites estreitos apesar das variações exteriores. Por exemplo, no ser humano, a temperatura mantém entre os 36 e os 37ºC graças a mecanismos de feedback negativo. Assim, os desvios da temperatura para valores não desejáveis são detectados pelos receptores térmicos. A partir destes, são enviadas mensagens, através de nervos sensitivos para o centro regulador, situado no hipotálamo, que desencadeia respostas em órgãos efectores destinadas a compensar o desvio verificado.

Osmorregulação

Apresentação explorada na aula  descarregar aqui

domingo, 6 de junho de 2010

Transmissão do impulso nervoso

o video mostra a transmissão do impulso nervoso ao longo da membrana celular de um neurónio. Seguidamente mostra uma sinapse. Consegue-se observar o mecanismo de fusão das vesículas de neurotransmissores com a membrana pré-sináptica e a libertação dos neurotransmissores na fenda sináptica, os quais são recebidos por receptores específicos na membrana pós-sináptica a fim de continuar a transmissão do impulso.
 

domingo, 23 de maio de 2010

Trocas Gasosas nos Animais

A respiração celular nos animais, tal como nas plantas, encontra-se expressa nas trocas gasosas que ocorrem entre o organismo e o meio. Este intercâmbio de gases, tal como o que ocorre a nível celular, realiza-se por fenómenos de difusão. Para que tal se verifique, os animais possuem estruturas denominadas superfícies respiratórias, através das quais os gases entram e saem do organismo.

As trocas de gases respiratórios entre o indivíduo e o meio podem ocorrer por dois processos:
  • Difusão directa – Os gases respiratórios difundem-se directamente através da superfície respiratória para as células sem intervenção de um fluido de transporte, ocorrendo por exemplo nos protozoários e nos insectos.
  • Difusão indirecta – Os gases respiratórios passam através da superfície respiratória para um fluido circulante, normalmente o sangue, que estabelece comunicação entre as células e o meio externo, como no caso da minhoca e dos Vertebrados.Na difusão indirecta o intercâmbio de gases que ocorre nas superfícies respiratórias designa-se por HEMATOSE (troca de gases respiratórios entre o sangue e as superfícies respiratórias).
Apesar da grande diversidade que as superfícies respiratórias apresentam, é possível encontrar em todas elas um conjunto de características que tornam a difusão mais eficiente:
  • São superfícies húmidas, o que possibilita a difusão do O2 e do CO2, uma vez que estes gases têm de estar dissolvidos;
  • São estruturas finas constituídas, na maioria dos casos, por uma única camada de células;
  • São muito vascularizadas, para facilitar o contacto com o fluido circulante (isto no caso da difusão ser indirecta);
  • A sua morfologia permite uma grande superfície de contacto entre o meio interno e o meio externo.

DIVERSIDADE DE SUPERFÍCIES RESPIRATÓRIAS
  • Tegumento
  • Brânquias ou guelras
  • Traqueias
  • Pulmões
Como consequência da evolução, surgiu uma diversidade de superfícies respiratórias nos diversos grupos animais. Esta diversidade está relacionada com factores tão diversos, como o tamanho e a estrutura corporal do organismo, a sua história evolutiva e a natureza do ambiente em que vive. Muitos organismos aquáticos e alguns terrestres realizam as suas trocas gasosas através do tegumento. Em animais de maiores dimensões, no entanto, a superfície corporal deixa de ser suficiente para assegurar a eficácia das trocas gasosas. Nestes casos, os animais possuem regiões especializadas onde se localizam as superfícies respiratórias. Na maioria dos animais aquáticos, a superfície respiratória é constituída por brânquias ou guelras, que se encontram em contacto directo com a água.  Os animais terrestres apresentam invaginações para o interior do corpo, que comunicam com a atmosfera através de canais estreitos, reduzindo, assim, a evaporação e permitindo à superfície respiratória manter-se húmida. São exemplos deste tipo de estruturas, as traqueias dos insectos e os pulmões dos vertebrados.

Trocas gasosas através da superfície corporal

Nos animais de dimensões reduzidas, como as hidras e as planárias, os gases respiratórios difundem-se directamente através da superfície do corpo. Na hidra, a camada de células exterior realiza trocas com o ambiente aquático envolvente, enquanto que a camada de células interior realiza essas trocas com a água que circula na cavidade gastrovascular. A planária possui uma forma achatada, que facilita o contacto de todas as células com o meio externo. No caso da Hidra e Planária não falamos em hematose porque nestes animais não existe nenhum fluido circulante a levar os gases até às células. A difusão na Hidra e Planária é directa).

Em animais mais complexos, como na minhoca, o aparecimento de um sistema circulatório aumenta a eficiência das trocas gasosas através do tegumento. Apesar de viver num ambiente terrestre, a minhoca possui uma pele húmida, graças à existência de numerosas glândulas produtoras de muco. Para além disso, o sistema circulatório está muito próximo da pele, o que possibilita a hematose através do tegumento, apesar das suas dimensões corporais consideráveis. O oxigénio difunde-se através da pele para o sistema circulatório e é transportado por este até ás restantes células do corpo - HEMATOSE CUTÂNEA.
Alguns animais de maiores dimensões, como os anfíbios e certos peixes, também possuem hematose cutânea, para além da hematose pulmonar ou branquial. Mesmo no caso das aves e dos répteis ovíparos, os embriões desenvolvem-se graças às trocas gasosas efectuadas através dos milhares de poros existentes na superfície dos ovos.

Trocas gasosas através das brânquias

As brânquias ou guelras são os órgãos respiratórios da maioria dos animais aquáticos e são formados, normalmente, por evaginações da superfície do corpo. Podem ter diferentes localizações e graus de complexidade, mas, normalmente, constituem uma região de aparência plumosa onde o epitélio se divide profusamente, constituindo uma extensa superfície de hematose. Esta superfície pode-se localizar no exterior do corpo ou, como na maioria dos casos, estar protegida por estruturas apropriadas. No caso dos peixes ósseos, as brânquias encontram-se numa cavidade, a câmara branquial, protegidas por uma estrutura óssea móvel, denominada opérculo. Nos peixes ósseos, as brânquias são banhadas por uma corrente continua de água, que entra pela boca e sai pelas fendas operculares. O movimento de abertura e fecho da boca e dos opérculos ajuda a esta circulação de água.

As brânquias são constituídas por séries de filamentos duplos, inseridos obliquamente em estruturas ósseas denominadas arcos branquiais. Em cada filamento branquial existe um vaso aferente, por onde o sangue entra na brânquia, e um vaso eferente, por onde o sangue sai da brânquia. Entre estes dois vasos sanguíneos existe uma densa rede de capilares, que estão contidos em dilatações do filamento branquial, chamadas lamelas branquiais- mecanismo de contracorrente.
Este mecanismo, no qual o sangue flúi no sentido contrário ao da água, permite aumentar significativamente a eficiência da hematose branquial. À medida que o sangue flúi através dos capilares vai ficando cada vez mais rico em oxigénio e, dado que circula em sentido contrário ao da água, vai contactando com a água sucessivamente mais rica em oxigénio. Mantém-se, assim, um coeficiente de difusão elevado, que permite que cerca de 80% do oxigénio presente na água se difunda para o sangue. Simultaneamente, e pelo mesmo mecanismo, o dióxido de carbono difunde-se no sentido inverso. A existência do mecanismo de contracorrente é muito importante, pois a quantidade de oxigénio dissolvido na água é muito inferior à que existe na atmosfera.

Trocas gasosas através de traqueias

Apesar da quantidade de oxigénio existente na atmosfera ser muito superior à que existe dissolvido na água, a realização de hematose, num ambiente terrestre acarreta algumas dificuldades. Tanto o oxigénio como o dióxido de carbono são solúveis na água. Enquanto que nos animais aquáticos estes gases se podem difundir facilmente, nos animais terrestres tem de existir uma superfície húmida para que estes gases se possam dissolver. Se alguns animais, como a minhoca, resolvem este problema porque possuem um tegumento húmido, outros utilizam superfícies respiratórias invaginadas no interior do corpo, que reduzem significativamente as perdas de água por evaporação.

Os insectos e outros artrópodes terrestres possuem um sistema respiratório, constituído por uma rede de traqueias, que se encontra no interior do corpo. Estas traqueias vão-se ramificando em tubos cada vez mais finos, que terminam nas traquíolas, que contactam directamente com as células (difusão directa de gases respiratórios. Os gases não são transportados pela hemolinfa mas sim por traqueias) As traqueias dos insectos contactam com o exterior através de pequenos orifícios localizados na superfície do corpo, denominados espiráculos.
Nos insectos mais primitivos, os espiráculos encontram-se permanentemente abertos, não havendo controlo do ar que circula através deles. Por outro lado, em espécies mais evoluídas, os espiráculos possuem filtros, bem como estruturas semelhantes a válvulas, que controlam a fluxo de ar. No sistema traqueal, as traqueias servem de condutas de ar e mantêm-se abertas graças à existência, na sua parede, de uma estrutura quitinizada enrolada em forma de hélice. As trocas gasosas ocorrem por difusão directa do epitélio das traquíolas para as células. O sistema circulatório não é, por isso, utilizado no transporte dos gases respiratórios.

Trocas gasosas através de pulmões

Os pulmões são as superfícies respiratórias, invaginadas no interior do corpo, mais evoluídas que existem. Todos os vertebrados terrestres os possuem, embora se encontrem diferentes graus de complexidade entre os diferentes grupos animais. Há uma tendência evolutiva que aponta no sentido de uma aumento da superfície do epitélio respiratório. Os anfíbios, para além de terem uns pulmões simples, também efectuam trocas gasosas através da pele (Hematose pulmonar + Hematose cutânea). Os répteis, mais adaptados à vida terrestre que os anfíbios, possuem pulmões um pouco mais desenvolvidos (fazem apenas hematose pulmonar). As aves e os mamíferos possuem os aparelhos respiratórios mais complexos, apresentando algumas diferenças estruturais e funcionais. 

AVES: As aves são animais com um metabolismo muito elevado, pelo que necessitam de elevadas quantidades de oxigénio. Para tal, apresentam uma grande superfície respiratória e uma eficiente ventilação pulmonar. Para além dos pulmões, as aves possuem sacos aéreos, localizados por todo o corpo, que constituem reservas de ar, melhorando assim a eficácia da ventilação. Para além disso, estas estruturas facilitam o voo das aves, pois tornam-nas menos densas e contribuem para a dissipação de calor resultante do metabolismo, sobretudo durante o voo. No sistema respiratório das aves, o ar circula apenas num sentido, num circuito que passa pelos sacos aéreos posteriores, pelos pulmões e pelos sacos aéreos anteriores. A hematose ocorre apenas nos pulmões, mais precisamente nos parabrônquios, que são finos canais, abertos nas duas extremidades. Nos sacos aéreos não ocorre hematose, mas estas estruturas matem o ar a circular apenas num sentido. Para que o ar percorra todo o sistema respiratório de uma ave, são necessários dois ciclos ventilatórios. Na primeira inspiração, o ar circula pela traqueia até aos sacos aéreos posteriores. Durante a expiração, esse ar passa para os pulmões, onde ocorre a hematose.Durante a segunda inspiração, passa ar novo para os sacos aéreos posteriores e o ar dos pulmões passa aos sacos aéreos anteriores. Quando o ar contido nos sacos aéreos posteriores passa para os pulmões, o ar dos sacos aéreos anteriores é expulso para o exterior. Tal como acontecia com a água no caso das brânquias, o ar circula nos parabrônquios no sentido oposto ao da circulação sanguínea (mecanismo de contracorrente), o que aumenta a eficiência da hematose.

MAMÍFEROS: No caso dos mamíferos, incluindo o Homem, a superfície respiratória é constituída por milhões de alvéolos pulmonares, dispostos em cacho à volta dos bronquíolos. Nestes animais, ao contrário das aves, o ar circula em dois sentidos opostos. Um ciclo ventilatório é composto por dois momentos. Inicialmente, dá-se a inspiração, na qual o ar passa através da traqueia, dos brônquios e dos bronquíolos, até chegar aos alvéolos, altamente irrigados, onde se dá a hematose pulmonar. Seguidamente, tem lugar a expiração, na qual o ar percorre o caminho inverso até ser expulso para o exterior. No Homem, mesmo depois de uma expiração profunda permanece sempre algum ar nos pulmões (ar residual). Na difusão de gases respiratórios, o factor que determina a direcção e a intensidade dessa difusão é a pressão parcial de cada um dos gases, isto é, o valor da pressão exercida por esse gás em relação aos restantes gases presentes. Assim, como nos alvéolos pulmonares, a pressão parcial de oxigénio é maior do que no sangue, este gás difunde-se dos alvéolos para o interior dos capilares. No caso do dióxido de carbono, a pressão parcial desse gás é maior no sangue do que nos alvéolos, dando-se uma difusão em sentido contrário. Nos tecidos, e como resultado da sua utilização na respiração, a pressão parcial do oxigénio é menor nas células do que no sangue que as elas chega, ao passo que a pressão parcial de dióxido de carbono é menor no sangue do que nas células onde se forma durante a respiração. Em consequência, o oxigénio difunde-se dos capilares para as células, fazendo o dióxido de carbono um percurso inverso.

Pode assim concluir-se que as trocas gasosas estão dependentes das superfícies respiratórias, que, por sua vez, estão relacionadas com a complexidade do animal e são resultado da adaptação deste ao meio em que vive.

terça-feira, 11 de maio de 2010

POWERPOINT: Transporte nas Plantas

Olá, devido a inúmeras solicitações, deixo aqui a apresentação explorada nas aulas sobre TRANSPORTE NAS PLANTAS - TRANSLOCAÇÃO DA SEIVA XILÉMICA E FLOÉMICA. 
 (carregar para descarregar)


    domingo, 9 de maio de 2010

    Respiração aeróbia


    A respiração aeróbia ocorre sobretudo nas mitocôndrias, isto porque apenas uma fase, das quatro que a constituem, ocorre no hialoplasma. 

    Equação geral da respiração aeróbia:

    C6H12O6 + O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia

    Nessa equação, verifica-se que a molécula de glicose (C6H12O6) é degradada de maneira a originar substâncias relativamente mais simples (CO2 e H2O). A degradação da glicose não pode ser efectuada de forma repentina, uma vez que a energia liberada seria muito intensa e comprometeria a vida da célula. É preciso, portanto, que esta seja dividida lentamente durante o processo.Assim, a Respiração Aeróbia é constituída basicamente por quatro fases: 
    1. Glicólise, 
    2. Formação de Acetil-coezima A
    3. Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico
    4. Cadeia transportadora de electrões (cadeia respiratória) e fosforilação oxidativa.

    1. Glicólise

    Glicólise significa " quebra " da glicose. Nesse processo, a glicose é convertida em duas moléculas de ácido pirúvico (C3H4O3).  Para se iniciar a degradação da glicose, esta tem de ser activa. Na activação da glicose a célula consome 2 ATP (armazena energia química extraída dos alimentos distribuindo de acordo com a necessidade da célula). No entanto, a energia química liberada no rompimento das ligações químicas da glicose permite a síntese de 4 ATP. Portanto, a glicólise apresenta um saldo energético positivo de 2 ATP.

     glicose (substrato inicial) - - - - degradada - - - >;  2 ácido pirúvico + 2 ATP + 2NADH

    2. Formação de Acetil-coezima A
    O ácido pirúvico, na presença de oxigénio, entra na mitocôndria, onde é descarboxilado (perde uma molécula de dióxido de carbono) e oxidado, isto é, perde um hidrogénio, que é usado para reduzir o NAD +, formando NADH e H +.  Ocorre a formação de 2 Acetil-CoA, que vão depois iniciar 2 Ciclos de Krebs.
    3. Ciclo de Krebs
    O ciclo de krebs é um conjunto de reacções metabólicas que conduz à oxidação completa da glicose. Este conjunto de reacções ocorre na matriz da mitocôndria e é catalizado por um conjunto de enzimas, destacando-se as descarboxilases (catalizadores das descarboxilações) e as desidrogenases (catalizadores das reacções de oxidação-redução que conduzem à formação de NADH).
    Devido à combinação do grupo acetil (que tem dois carbonos) coezima A  com o ácido Oxaloacético com quatro carbonos, forma-se o ácido cítrico com seis carbonos.
    Por cada molécula de glicose degradada, formam-se no ciclo de krebs (no conjunto dos 2 ciclos):
    • 6 moléculas de NADH;
    • 2 moléculas de FADH²;
    • 2 moléculas de ATP;
    • 4 moléculas de CO2 
    4. Cadeia respiratória
    Essa fase ocorre nas cristas mitocôndriais. Os electrões e protões retirados da glicose e presentes nas moléculas de FADH2 e NADH2 são transportados ao longo de uma cadeia transportadora de electrões (cadeia respiratória) até o oxigénio, formando água. Dessa maneira, na cadeia respiratória o NAD e o FAD funcionam como transportadores de hidrogénios.
     
    Depois disto tudo podemos dizer que o processo respiratório aeróbio pode, então, ser equacionado assim:
    C6H12O6 + 6 O2 ---> CO2 + 6 H2O + 38 ATP

    sábado, 8 de maio de 2010

    Animações

    Ficha Extra
    Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos

    Animações sobre fotossíntese:
    1. Fase Fotoquímica
    2. Fase Química (ciclo de Calvin)

    Actividade laboratorial: translocação xilémica

    Ficam aqui algumas fotos da actividade prática realizada.
    Podem guardar a imagem, se quiserem.

    quinta-feira, 6 de maio de 2010

    Fluidos circulantes

    O sistema circulatório possui vasos onde, no seu interior, circulam fluidos. No sistema circulatório aberto existe apenas um fluido circulante, a hemolinfa e podemo-la considerar como uma espécie de mistura do sangue e da linfa.Estes fluidos (sangue e linfa) no sistema circulatório fechado encontram-se separados, assim sendo, em animais com este tipo de sistema além do sistema circulatório sanguíneo, também apresentam um sistema circulatório linfático. 99% da linfa circula nos vasos - linfa circulante – 1% entra em contacto directo com as células – linfa intersticial – aumentando assim a eficácia das trocas das substâncias. O sangue é formado por uma parte líquida – o plasma – e por elementos figurados – as hemácias, os leucócitos e as plaquetas.

    A linfa é formada apenas por plasma e leucócitos. Os fluidos circulantes funcionam como um veículo transportador de diversas substâncias:
    • Transporte de nutrientes (pelo plasma);
    • Transporte de oxigénio (pelas hemácias);
    • Remoção de dióxido de carbono (pelo plasma e em menor quantidade pelas hemácias);
    • Transporte de células e anticorpos. 
     Reflexão: Os fluidos circulantes são veículos de transporte, distribuição e remoção de diversas substâncias. Por exemplo, se nos debruçarmos sobre a linfa verificamos que desempenha um papel importante na eficiência dos sistemas circulatórios fechados , pois nestes o sangue não banha directamente as células. Assim, as células mais próximas dos capilares efectuam trocas rápidas, enquanto que nas mais afastadas o processo decorre lentamente. Deste modo, a linfa ao banhar de forma directa as células amplia a eficácia das trocas sobretudo nas zonas mais afastadas dos capilares, sendo um veículo de transporte de nutrientes e que permite remover os produtos de excreção.

    SISTEMA LINFÁTICO 

    Todas as células do organismo recebem substâncias do meio e eliminam produtos resultantes do seu metabolismo, estando ou não em contacto com meio externo, do qual depende. Este intercâmbio de substâncias é possível graças ao movimento do sangue e da linfa, fluidos extracelulares que fazem parte do meio interno. No organismo humano o sangue não contacta directamente com as células, sendo estas banhadas por um fluido, fluido intersticial ou linfa intersticial, que é um líquido claro e transparente. Os capilares sanguíneos têm uma parede muito fina, o que facilita o intercâmbio de substâncias entre o sangue e o fluido intersticial.


    Ao nível dos capilares, na proximidade da arteríola, a pressão sanguínea força o plasma e pequenas moléculas dissolvidas passam através da parede para os tecidos, juntando-se ao fluido intersticial. Este fluido difere do plasma sanguíneo, fundamentalmente pelo facto de conter muito menos proteínas, uma vez que as proteínas, sendo macromoléculas, dificilmente atravessam as paredes dos capilares. Os leucócitos podem também abandonar os capilares sanguíneos, deslizando as células das paredes desses vasos. Forma-se assim esse fluido ou linfa intersticial que banha as células. Durante a circulação sanguínea cerca de 90% do volume do sangue retorna das redes capilares para o coração.


    Aproximadamente 10% do fluido que atravessa a parede dos capilares para os tecidos, bem como alguns leucócitos, não regressa directamente ao sangue, juntam-se à linfa intersticial. O excesso deste fluido difunde-se para capilares linfáticos, que existem nos diferentes órgãos entre os vasos sanguíneos, e fazem parte do sistema linfático. Uma vez dentro dos vasos do sistema linfático, o fluido denomina-se: linfa circulante e é igualmente constituída por plasma e leucócitos. Tal como o sangue, a linfa intervém na defesa do organismo através dos leucócitos, que fazem parte da sua constituição.

    Sistemas de transporte nos animais

    Tal como acontece com as plantas, os animais também necessitam de efectuar trocas com o meio exterior , nomeadamente, de receber oxigénio e nutrientes e eliminar dióxido de carbono e outros materiais decorrentes do processo metabólico. Assim, em todos os animais, as células estão rodeadas por um fluido intersticial, com o qual estabelecem as trocas de materiais. À medida que os animais se tornam mais complexos, os seus sistemas de transporte tornam-se mais especializados.

    Os animais mais complexos podem apresentar dois tipos de sistemas de transporte:
    Sistemas circulatórios abertos: a hemolinfa abandona os vasos sanguíneos, ocupando o hemocélio.
    Sistemas circulatórios fechados: o líquido circulante designa-se sangue e, em condições normais, nunca abandona os vasos sanguíneos. As trocas de substâncias realizam-se entre o sangue dos capilares e a linfa que envolve as células – linfa intersticial. O sangue fornece oxigénio e nutrientes e recebe produtos resultantes do metabolismo celular.


    Nos sistemas circulatórios abertos, a hemolinfa tem uma velocidade de circulação menor. Contudo em animais mais complexos e com taxas metabólicas mais elevadas, há necessidade de fornecer com maior rapidez, oxigénio e nutrientes e, por outro lado, remover os produtos tóxicos resultantes do metabolismo. Esta situação e conseguida pelos sistemas circulatórios fechados.

    Tipos de circulação
    Os sistemas circulatórios fechados podem ser organizados de forma que a circulação seja simples ou dupla, podendo, neste último caso, considerar-se completa ou incompleta.
    Circulação simples – o sangue só passa uma vez pelo coração em cada circulação;
    Circulação dupla – o sangue passa duas vezes pelo coração em cada circulação, efectuando assim dois trajectos diferentes, permitindo assim que o sangue circule com maior pressão existindo assim um fluxo mais vigoroso de sangue a atingir os tecidos dos diferentes órgãos. Assim podemos compreender dois tipos de circulação: sistémica e pulmonar.
    • Circulação dupla completa – Não há mistura de sangue venoso com sangue arterial, ao nível do coração (aves e mamíferos). Coração com quatro cavidades: duas aurículas e dois ventrículos.
    • Circulação dupla incompleta – Há mistura parcial de sangue venoso com sangue arterial, ao nível do ventrículo (Anfíbios). Coração com duas cavidades: duas aurículas e um ventrículo.

    Reflexão:
    Todos os seres vivos necessitam de realizar trocas de substâncias com o meio envolvente, esta é uma das condições fundamentais à manutenção da vida, estas trocas são asseguradas pelos sistemas de transporte. Nesta postagem, estão confrontados alguns deles. Assim podemos afirmar que: nos peixes, a pressão sanguínea nos vasos que se dirigem para os tecidos é mais baixa do que nos outros vertebrados. Dado que nos peixes, os vasos que se dirigem para os tecidos vêm das brânquias (e não passam novamente pelo coração), contrariamente aos outros vertebrados, em que o sangue proveniente dos pulmões, passa pelo coração para ser bombeado com maior pressão para os tecidos, então a oxigenação deles é pouco eficiente.

    O coração humano

    No homem, a circulação é feita através de um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração. Este órgão vital do corpo humano, muscular, bombeia o sangue permitindo a sua circulação pelo resto do corpo, através de veias e de artérias, apresentando uma forma cónica ou de pirâmide triangular, castanho-avermelhado com quatro cavidades.

    Divisão do coração
    O coração é dividido por um septo vertical em duas metades. Cada metade é formada por duas câmaras: uma aurícula e um ventrículo . Entre cada câmara há uma válvula, a tricúspide do lado direito, e a bicúspide do lado esquerdo. Estas válvulas abrem-se em direcção dos ventrículos, durante a contracção das aurículas. Na aurícula direita chegam as veias cava superior e inferior, e na aurícula esquerda, as quatro veias pulmonares. Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta.


    Estrutura e funções
    A actividade do coração consiste na alternância da contracção (sístole) e do relaxamento (diástole) das paredes musculares das aurículas e ventrículos. Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as aurículas, dilatando-as de forma gradual. Ao final deste período, as paredes contraem-se e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos. À sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole auricular. A contracção ventricular é mais lenta e mais energética. As cavidades ventriculares esvaziam-se quase que por completo em cada sístole, depois, o coração fica em um completo repouso durante um breve espaço de tempo. A frequência cardíaca normal é de 72 batimentos por minuto, em situação de repouso. Para evitar que o sangue, impulsionado pelos ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares. Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o ventrículo esquerdo.

    Reflexão:Tal como os mamíferos e aves, o homem tem um sistema circulatório fechado, e uma vez que o seu sangue percorre dois trajectos diferentes (passa duas vezes pelo coração) e não se verifica a mistura do sangue arterial com venoso, dizemos que ocorre uma circulação dupla e completa. Este é o sistema circulatório mais eficaz no fornecimento de energia às células, que, assim, podem produzir mais energia e libertar mais calor corporal, que mantém temperatura destes seres constante.

    quinta-feira, 22 de abril de 2010

    Obtenção matéria seres autotróficos - autotrofia

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     Exercícios interactivos:   Autotrofia 1   | Autotrofia 2  | Ficha Autotrofia
    Alguma dúvida ou sugestão, deixem um comentário...

    Os seres autotróficos são seres capazes de produzir compostos orgânicos a partir de substâncias minerais, utilizando uma fonte externa. Existem dois tipos de seres autotróficos: os fotoautotróficos (cianobactérias, algas e plantas) que utilizam a energia luminosa como fonte de energia; e os quimioautotróficos (bactérias ferrosas, sulfurosas e nitrificantes) , que utilizam como fonte de energia a energia resultante da oxidação de determinados compostos químicos como o H2S, CO2 2 NO3. 

    A FOTOSSÍNTESE é o processo autotrófico mais conhecido e também o principal meio de obtenção de matéria pelos seres autotróficos, sendo utilizado por cianobactérias, algas e plantas (seres fotoautotróficos). A partir de energia luminosa, dióxido de carbono e água, estes seres produzem compostos orgânicos a partir de compostos inorgânicos existentes no solo. Nas células fotossintéticas de algas e plantas a fotossíntese processa-se em organelos especializados denominados de cloroplastos. Nas cianobactérias ocorre em membranas fotossintéticas. O Cloroplasto é um organito celular constituído por uma membrana externa, e uma membrana interna. A membrana externa é lisa, enquanto a interna é composta por várias dobras voltadas para o interior do cloroplasto, formando os tilacóides. estes encontram-se empilhados formando um granum (plural: grana). O espaço externo aos tilacóides no interior do cloroplasto é o estroma. Os seres fotossintéticos são capazes de sintetizar pigmentos fotossintéticos (clorofilas ou carotenóides) que captam a energia luminosa.


    Estes pigmentos são capazes de absorver luz com comprimentos de onda entre os 400 a 500nm e os 600 a 700nm (nm = nanómetros). A absorção é feita entre estes valores intermédios, pois comprimentos de onda com valores mais elevados provocam danos nas células.

    Actualmente admite-se que a fotossíntese compreende duas fases sucessivas, estritamente ligadas:
    • Fase Fotoquímica, cujas reacções (reacções fotoquímicas) dependem directam. da luz;
    • Fase Química, cujas reacções não dependente directamente da luz.


    Obtenção matéria seres heterotróficos - heterotrofia

    segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

    A Biosfera - Dinâmica dos ecossitemas



    O que é a Biosfera?  
    A biosfera constitui um sistema global que inclui toda a vida na Terra, o ambiente onde essa vida se desenrola e as relações que estabelecem entre si. A Biosfera é o conjunto de todos os Ecossistemas da Terra. 


    1. Organização  dos sistemas biológicos 
    Pode-se esquematizar a hierarquia na biosfera do seguinte modo:
    Átomo – Molécula – Célula – Tecido – Órgão – Sistema de órgãos – Organismo – População – Comunidade – Ecossistema – Biosfera.

    Espécie – Seres vivos idênticos capazes de gerar descendentes férteis. Populações – seres vivos pertencentes a mesma espécie e que habitam numa determinada área. Comunidades – indivíduos de espécies diferentes que habitam na mesma área e estabelecem relações entre si. Ecossistema – conjunto da comunidade (ou biocenose), do ambiente e das relações que se estabelecem entre si.

      O que é um ecossistema? 
      Um ecossistema incliu Factores Abióticos (luz, água, solo, temperatura,gelo, ...) + Factores Bióticos (Seres vivos).  Um ecossistema designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos factores abióticos que actuam sobre essas comunidades. 

      A dinâmica dos ecossistemas envolve dois processos: 
      • - Circulação de matéria 
      • - Circulação de energia (dispersa-se sob a forma de calor)

        Os seres vivos estabelecem relações alimentares. As cadeias alimentares interrelacionam-se, originando as teias alimentares.

        Nas teias e cadeias alimentares existem: 

        • - Produtores – são autotróficos, seres vivos capazes de elaborar matéria orgânica a partir de matéria inorgânica ou mineral, utilizando para isso, uma fonte de energia externa (ex:emplos: plantas, algas, etc)
        • - Consumidores – são heterotróficos, seres vivos incapazes de produzir compostos orgânicos a partir de composto inorgânicos e, por isso, alimentam-se directa ou indirectamente da matéria elaborada pelos produtores (ex: zooplâncton, herbívoros e carnívoros)
        • - Decompositores – São seres vivos que decompõem a matéria orgânica em inorgânica /matéria mineral para obter energia  (exemplo: bactérias, fungos). 
        2. Extinção e Conservação
        Que causas contribuem para a extinção das espécies?
        • - Destruição ou alteração do habitat
        • - Introdução de novas espécies em áreas geográficas onde não existiam
        • - Ruptura das cadeias alimentares
        • - Sobrexploração de espécies, por colheita, caça ou pesca
        • - Alterações climáticas
        • - Interrupção de relações de mutualismo
        • - Desflorestação
        • - Poluição, etc.
        Quais as medidas a seguir para a preservação das espécies?
        • - Criar zonas protegidas
        • - Educar e informar a população humana, especialmente jovens sobre a necessidade de proteger os habitats e espécies
        • - Recuperação das áreas degradadas, etc.
        • - Definir as utilizações dos habitats que possam dar maior beneficio ao Homem sem os destruir 


        •  

        quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

        Sismo arrasa capital do Haiti...

        ... a Terra continua a demonstrar que é um planeta geologicamente activo.


        Sismo arrasa capital do Haiti...

        Um sismo de magnitude 7.0 na escala de Richter atingiu, ontem (12.01.2010),  o Haiti. O epicentro do terramoto registou-se em Pentionville, a 15 quilómetros da capital, Port-au-Prince. Segundo relatos de observadores, o sismo terá provocado uma catástrofe, com milhares de vítimas.
        O maior abalo ocorreu às 17.53 horas locais (22.53 horas em Portugal Continental) e durou mais de meio minuto. Sete minutos depois verificou-se uma réplica, de 5.9 de magnitude, e passados 12 minutos, uma segunda réplica, de 5.5 de magnitude, ambas com epicentro a 60 quilómetros da capital.
        Na sequência dos sismos, registados pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos como os mais fortes de sempre na região, o Centro de Alerta de Tsunamis do Oceano Pacífico emitiu um alerta de tsunami para o Haiti e para os países vizinhos, Cuba, Bahamas e República Dominicana. Duas horas depois, o alerta foi levantado.

        Para saber mais:
        http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1468271
        http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1468743

        terça-feira, 12 de janeiro de 2010

        Estrutura interna da geosfera (EXERCICIOS)

        http://www.prof2000.pt/users/ccaf/exercicios/estr%20terra1.htm

        Sismologia e estrutura interna da Geosfera

         Contributos da sismologia


        Para os primeiros estudos da estrutura interna da Terra contribuíram os grandes sismos, que permitiram estabelecer, entre 1906 e 1936, um modelo em camadas concêntricas - crusta, manto e núcleo. Mais tarde, as ondas sísmicas geradas por ensaios nucleares, pelas bombas atómicas e por microssismos criados artificialmente precisaram a estrutura deste modelo, dado permitirem conhecer, com rigor, o foco e a quantidade de energia libertada.




        Estudos de 1906 - Oldham

        Em 1906, Oldham verificou que as ondas P, registadas no pólo oposto ao epicentro de um sismo, se encontravam atrasadas em comparação com as registadas nas proximidades do epicentro, propagando-se a 4,5 km/s em vez dos 6,5 km/s habitualmente observáveis.





        O que atrasaria, então, no interior da Terra, a propagação das ondas P?
        Oldham avançou com a hipótese de que "as ondas, penetrando a grande profundidade, atravessam um núcleo central composto por uma matéria diferente que as transmite com menor velocidade". Admitiu-se, assim, pela primeira vez, a existência de um núcleo, assinalado por uma descontinuidade no interior da geosfera, isto é, por uma mudança radical nas propriedades e na composição dos elementos que constituem o seu interior.

        Modelo de Gutenberg

        Sete anos mais tarde, o alemão Gutenberg localizou em profundidade esta superfície de descontinuidade, ao observar que, para cada sismo existe um sector da superfície terrestre onde é impossível registar ondas sísmicas directas, isto é, ondas com origem no foco e que atingem a superfície da geosfera sem sofrerem reflexões nem refracções.


        Durante a sua propagação, a partir do foco sísmico e no contacto com um novo meio, uma onda sísmica directa pode recuar no meio inicial, ocorrendo uma reflexão, ou ser transmitida para um segundo meio, ocorrendo uma refracção.





        Assim, podemos definir três formas de desenvolvimento de uma onda sísmica:
        • onda directa - é a onda inicial, com origem no foco sísmico e que não interage com nenhuma superfície de descontinuidade, não sofrendo, por isso, reflexões nem refracções;
        • onda reflectida - é uma nova onda que se propaga, a partir de uma superfície de descontinuidade, em sentido contrário e no mesmo meio em que a onda inicial se estava a propagar;
        • onda refractada - é a onda transmitida, por uma superfície de descontinuidade, para o segundo meio.



        Esta faixa da superfície terrestre, onde não se propagam ondas sísmicas internas directas, designa-se zona de sombra sísmica. Gutenberg determinou que a distância angular desta zona ao epicentro é constante, situando--se entre os 103° e os 142°. Fazendo a conversão da distância angular em distância quilométrica (1° = 111,25 km), sobre a superfície terrestre, a zona de sombra situa-se entre os 11 459 km e os 15 798 km de distância do epicentro.


        Nesta zona, onde não se propagam ondas P e S directas, a actividade sísmica é mínima. Mas, como explicar, para cada sismo, a existência de uma zona de sombra? A análise comparada de séries de sismogramas de diferentes estações sismográficas permitiu a Gutenberg calcular a profundidade desta descontinuidade - à época, 2900 km; contudo, este valor já sofreu alterações localizando-se, actualmente, nos 2891 km de profundidade. Por este facto, a esta fronteira que assinala o início do núcleo dá-se o nome de descontinuidade de Gutenberg .





        Zona de sombra e descontinuidade de Gutenberg.


        Numa superfície de descontinuidade, que assinala a separação entre dois meios com propriedades elásticas distintas - rigidez, densidade e incompressibilidade, as refracções e reflexões das ondas que nela incidem ocorrem segundo ângulos determinados, originando zonas de sombra sísmica. Assim, a existência de uma zona de sombra para cada sismo é consequência das propriedades elásticas dos materiais que constituem o núcleo, bem como da sua dimensão.


        Descontinuidade de Lehmann


        Em 1936, a dinamarquesa Inge Lehmann deu mais um contributo para o conhecimento do núcleo. Analisando registos sismográficos, Lehmann concluiu que as ondas P chocam contra "qualquer coisa dura" a 5150 km, uma vez que se verifica um aumento da velocidade de propagação destas ondas. Tendo em conta que a velocidade das ondas P é maior em meios sólidos do que em meios líquidos, é de supor a existência de um núcleo interno no estado sólido. À fronteira entre o núcleo externo fluido e o núcleo interno sólido dá-se o nome de descontinuidade de Lehmann.


         


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        Conhecida a estrutura do núcleo, falta agora identificar a sua composição. Baseados na hipótese do núcleo ser constituído predominantemente por ferro - como a existência da magnetosfera o indicia -, estudos realizados em laboratório permitiram estabelecer uma relação entre a velocidade de propagação das ondas sísmicas e a densidade de diferentes metais. Assim, foi possível inferir para o centro da Terra uma composição, essencialmente, de ferro e níquel, dado serem os elementos metálicos que apresentam densidades mais próximas das avaliadas sismologicamente.




        Os dados da sismologia e a existência da crusta e do manto

        Descontinuidade de Moho 

        A constatação de alterações na trajectória e na velocidade de propagação das ondas sísmicas P e S permitiu inferir a existência de outras camadas no interior da Terra, para além do núcleo.Em 1909, Andrija Mohorovicic constatou, ao analisar os registos sismográficos do sismo que em Outubro desse ano ocorreu a sul de Zagreb, na actual Croácia, que as estações sismográficas mais próximas do epicentro registavam a chegada de dois conjuntos de ondas P e S. Para explicar as suas observações, Mohorovicic propôs a existência de uma descontinuidade a separar um meio superficial, no qual as ondas se deslocam com menor velocidade - a crusta -, de um meio mais profundo, onde a velocidade das ondas é maior - o manto. O registo dos dois grupos distintos de ondas P e S era, assim, consequência, da refracção das ondas nesta descontinuidade - o primeiro grupo de ondas P e S correspondia a ondas refractadas e o segundo a ondas directas. A esta separação, crusta-manto, dá-se o nome de descontinuidade de Mohorovicic ou, abreviadamente, Moho.






        A espessura da crusta não é constante, variando entre os 5 km e os 10 km sob os oceanos, e entre os 20 km até aos 70 km sob os continentes, sendo os valores mais elevados atingidos nas grandes cadeias montanhosas continentais. Em média, atribui-se à crusta uma espessura de 19 km.





        Para o conhecimento da composição da crusta contribuíram, para além dos dados sísmicos indirectos, a observação de rochas da superfície terrestre, os estudos realizados em explorações mineiras, bem como a realização de sondagens com recolha de amostras de rochas.






        A constatação de que existe uma diferença entre a velocidade de propagação das ondas P nos oceanos (em média, 7 km/s) e nos continentes (em média, 6 km/s) permite considerar a crusta subdividida em dois tipos - crusta continental e crusta oceânica. Esta variação da velocidade ao longo da crusta deve-se à variação da sua composição - a crusta continental é constituída, essencialmente, por rochas graníticas (ricas em silício e alumínio), enquanto que a oceânica é constituída, essencialmente, por rochas basálticas (ricas em silício e em magnésio). Os dados vulcanológicos, contribuem para a dedução do tipo de rochas que constituem o manto. No entanto, a velocidade das ondas P abaixo da Moho, da ordem dos 8 km/s, sugere uma composição diferente da da crusta.

        Assim, com base num critério composicional, inferido pela análise de dados da sismologia, surgiu um modelo para a estrutura interna da geosfera, que a subdivide em:
        • crusta (oceânica e continental);
        • manto;
        • núcleo externo;
        • núcleo interno.

        Os dados da sismologia e a estrutura do manto






        O gráfico da velocidade das ondas internas permite verificar que, no interior do manto, a uma profundidade, sensivelmente, de 660 km, a velocidade de propagação das ondas P e S sofre um ligeiro aumento, sugerindo um aumento de rigidez, facto que justifica a sua divisão em manto superior e manto inferior. Contrariamente, verifica-se que, sensivelmente, entre os 220 km e os 410 km de profundidade, ao nível, portanto, do manto superior, a velocidade de propagação destas ondas diminui, sugerindo que o material rochoso se encontra num estado de menor rigidez, admitindo-se mesmo que se encontre num estado próximo da fusão e, pontualmente, em fusão parcial.

        À semelhança do ferrador que, para fazer uma ferradura, precisa de submeter uma barra de ferro ao rubro, também no interior da Terra, devido à combinação pressão-temperatura, as rochas podem ser moldadas e deformadas no estado sólido, devido a uma diminuição da sua rigidez e, eventualmente, a uma incipiente fusão.

        Esta faixa de baixa velocidade das ondas sísmicas internas designa-se astenosfera e corresponde a uma variação das propriedades das rochas que constituem esta zona e não a uma variação da sua composição; as rochas da astenosfera têm menor rigidez do que as rochas que se situam por cima e abaixo dela. A existência da astenosfera, dotada de alguma mobilidade devido à sua fluidez parcial, permite considerar o conjunto de rochas suprajacentes, isto é, as rochas dacrusta e de parte do manto superior, como uma unidade rígida a que se dá o nome de litosfera. As placas tectónicas são também designadas placas litosféricas, dado serem, efectivamente, fragmentos da litosfera. Assim, e complementarmente ao modelo que subdivide a geosfera em crusta, manto e núcleo, existe um modelo físico que subdivide a geosfera em quatro camadas, com base na rigidez dos seus materiais:

        • a litosfera, rígida e de comportamento frágil, isto é, quebradiço;
        • a astenosfera, de baixa rigidez e de comportamento plástico, isto é, moldável/deformável;
        • a mesosfera, rígida;
        • a endosfera, externamente fluida e de elevada rigidez no seu interior. 
        As alterações na trajectória e na velocidade de propagação das ondas P e S sugerem urna heterogeneidade na composição do interior da geosfera, com variações ao nível da rigidez, da incompressibilidade e da densidade dos materiais que a constituem. Por sua vez, variações bruscas na velocidade das ondas P e S permitem inferir a existência de descontinuidades, isto é, de mudança nas propriedades e na composição dos materiais que constituem o interior da geosfera.